terça-feira, 30 de novembro de 2010

As novas comunicações de trabalho através da Web 2.0


Ao mudar a estrutura da organização o modelo de comunicação interna também é susceptível de se alterar. Até uns anos atás, a comunicação dentro das empresas era principalmente descendente.

O feedback era mínimo, e o objectivo das actividades de comunicação para os trabalhadores era de apenas fornecer informações operacionais. Não havia maneira de diálogo ou de participação, e o que tentaba dar a sua opiniao era classificado como um funcionário problematico.

As limitações funcionais e de poder de cada nível da estrutura hierárquica produziam pouco comprometimento e aceitação do objectivo geral da organização. Neste cenário, o conhecimento era parte desse poder e mantê-lo permitia permanecer nessa posição.

Na comunicação interna 2.0 atopamos um modelo de comunicação baseado no objetivo comum da organização. Todas as ações de comunicação interna visam a realização da missão, visão e valores da empresa. Estes ja não são impostos e estão em constante debate interno de acordo com o ambiente em mudança.

A informação e o conhecimento, por sua vez, não são mais fontes de poder. O novo modelo de comunicação interna promove a troca de conhecimento, que debe ser compartilhado livremente para que todos possam usar para atingir o objetivo comum. Falamos então, do modelo de comunicação interna com base em conversaçoes em que os funcionários internos que apontam para problemas e contribuiem para sua melhoria são precisamente aqueles que estão mais envolvidos com a organização. Há espaço para a crítica construtiva e a liberdade de opinião, ambas lógicamente, baseadas no respeito.

Mas, como mencionado acima, nenhum software faz maravilhas. Explorar o seu potencial também envolve profundas mudanças dentro da organização. Há exemplos suficientes para mostrar que o desenvolvimento e o sucesso da Web 2.0 é, alem dum avanço tecnológico, uma profunda mudança social.

A Web 2.0 não inventou a colaboração e comunicação entre as pessoas, mas oferece uma enorme gama de possibilidades para facilitar o intercâmbio e a cooperação entre os indivíduos. A geração desses canais de participação consolida-se como um legado da cultura hacker de compartilhar conhecimentos em estruturas abertas e horizontais que promovem a inteligência coletiva, a intercriatividade en benefício do bem comum.

Alvaro Gomez Veit, em seu livro As claves da economia digital, afirma que a gestão do conhecimento é composto por 20% da gestão da tecnologia e 80% da gestão da dimensão humana das mudanças culturais necessárias na organização.

Neste sentido, as empresas que são capazes de aprender a ouvir os seus públicos internos e externos, bem como a gestão da participação, têm vantagens em mercados futuros.


Texto extraído e traduzido do blog
Pensamiento Imaginactivo
Autor: Caludio Bravo


quarta-feira, 24 de novembro de 2010

ABERJE - Associação Brasileira de Comunicação Empresarial

Revista publicada pela Aberje sobre Comunicação Empresarial. O desafio das grandes empresas quando acontecem grandes fusões, a importancia de uma transição bem elaborada e a importancia dos colaboradores.Acessem o link abaixo e confiram...

http://www2.ideavalley.com.br/aberje/flip/?idEdicao=037a2ed3805cf9bdabd6d440d5010078&idCaderno=&page2go=1

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Os Tipos de Discursos no Ambiente de Trabalho

         Como já sabemos, a comunicação é um fator crucial para se obter um bom rendimento em qualquer ambiente de trabalho. Mas, a depender do objetivo desejado, é necessária a utilização de recursos que facilitarão a transmissão da mensagem e, consequentemente, à efetivação da comunicação propriamente dita. Entre esses recursos, estão os discursos. Iremos destacar aqui apenas dois: o informativo e o persuasivo.

       Discurso Informativo 

       Busca transmitir informações, aumentando o conhecimento e facilitando a compreensão do receptor da mensagem. Possui fundamental importância nas relações profissionais, pois esclarece os objetivos, evitando assim os erros, que devem ser os mínimos possíveis. Existem técnicas para obter sucesso na construção do Discurso Informativo:

1.Definir um objetivo específico: ao final do discurso, a audiência será capaz de lembrar os pontos centrais;
2. Criar uma demanda por informação: razões para que a audiência queira ouvir e aprender sobre o discurso (geralmente relaciona-se o discurso com as necessidades e com o dia-a-dia e experiências da platéia);
3.Facilitar a escuta do discurso: não somente falar alto e claramente, mas também não exagerar na quantidade de informação (leva à sobrecarga, à ansiedade e à falta de atenção), usar de informações que você presuma que a platéia conheça e usar de informações simples para melhorar a compreensão de informações complexas;
4.Enfatizar pontos importantes: pode-se utilizar de repetição e de sinalizadores(frases como: “Mas vejam que...” ou “A coisa mais importante para lembrar é...”) para prender a atenção da audiência e ajudar na memorização;
5.Usar organização e estrutura claras: facilita o processamento das informações. Deve-se ter cuidado na construção da introdução, desenvolvimento e conclusão, que não podem faltar no Discurso Informativo;
6.Usar material de apoio de forma eficaz: utilizar material de apoio (slides, material impresso etc.) como meio de reforçar idéias, esclarecer, tornar interessante e facilitar memorização;
7.Usar linguagem clara: facilita a compreensão. Deve-se utilizar palavras simples e utilizar jargões apenas quando necessário;
8.Promover o envolvimento da audiência: boa apresentação, manter o entusiasmo, motivação, contato visual sempre gera um bom retorno da audiência. Usar voluntários e um tempo reservado para perguntas e respostas também é bem aceito.

              Por fim, é necessário enfatizar que o Discurso Informativo, de certa forma, também está presente no Discurso Persuasivo, já que a persuasão pode acontecer também pela apresentação de fatos e argumentos (informações) para se chegar ao objetivo estabelecido.

 Discurso Persuasivo

              Persuasão seria, grosso modo, mobilizar o outro à mudança (de pensamento, objetivo, comportamento). No ambiente de trabalho, é uma “arma” poderosa nas mãos de quem saiba usá-la. Utilizando-a em seu favor, é possível influenciar, ganhar credibilidade e reconhecimento. É uma das características mais apreciadas em líderes. Antes de citar algumas técnicas para criar uma mensagem persuasiva eficaz, é necessário enfatizar algumas características da persuasão. Seriam elas: a persuasão é interativa (tanto a fonte como receptor são ativos, isto é, participam da comunicação), não é coercitiva (acontece quando não é forçada), é incremental (é um processo, que recebe incrementos graduais ao longo do tempo) e ela pode ser ética (persuasão é diferente de coerção). Com isso, vamos às técnicas:

1.Estabelecer uma proposta clara e persuasiva: ajuda a manter-se no caminho certo para a estruturação da mensagem persuasiva;
2.Estruturar cuidadosamente a mensagem: descrever o problema, a solução e, se o objetivo for ativar (orientar a um comportamento), deve-se descrever o que a audiência deverá fazer;
3.Usar evidências sólidas: achar uma evidência (exemplo, definição, argumento, testemunho) perfeita que estabeleça a verdade da sua alegação na mente de sua audiência;
4.Evitar falácias (erros de lógica): pode reestruturar sua mensagem persuasiva, desviando-a do seu objetivo ou levando a audiência a conclusões erradas;
5.Adaptar o discurso à audiência: é importante conhecer o público o máximo possível. Deve-se enfatizar seus valores mais fortes;
6.Estabelecer uma base comum: enfatizar o maior número de similaridades entre você e seus ouvintes (prova que você os entende, garantindo maior confiança por parte deles);
7.Adaptar o discurso a uma audiência hostil (pode variar de não-amigáveis a violentas): quando isso ocorre, demonstre que você compreende os vários pontos de vista de seu(s) ouvinte(s) e, se necessário, use algum tipo de humor para acalmar os ânimos.
               Essas foram algumas das técnicas mais eficazes para persuadir. Mas existe algo que é muito importante e que leva muito mais tempo para ser adquirida: a credibilidade. É a percepção na mente do público sobre você. Para se construir a credibilidade, três aspectos são muito importantes para o orador: competência (habilidades do orador em relação ao assunto), caráter (ser confiável, honesto e imparcial) e ter carisma (entusiasmo e simpatia do orador).  Tendo todos esses ingredientes, alcançar excelentes resultados no processo de persuasão é simples questão de prática.

Iuri Azevedo.
BIBLIOGRAFIA: Adler & Rodman, Comunicação Humana, 7a Edição, Cap. 13 e 14.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Ouvir é a maior virtude das relações de trabalho



Em um curso de liderança o professor pediu para que os alunos fizessem uma breve apresentação e dissessem as razões que os levaram a participar deste treinamento. Quando chegou à quinta pessoa do grupo, o professor pediu para que ele dissesse o que sua colega que acabara de se apresentar havia dito.


"Ah?", foi o único som que saiu da sua boca. Ele estava tão ocupado pensando no que iria dizer a seu respeito na hora da sua apresentação que teve que pedir desculpas a sua colega, pois não havia escutado uma só palavra.



O que interfere, para que você ouça com atenção:
- Você está esperando para falar.
- Você está aborrecido.
- Você está pensando em outro assunto.
- Você pensa que sabe o que a outra pessoa vai dizer.
- Você está com pressa.
- Você está zangado.
- Você está cansado, com fome ou sede, sentindo calor ou frio.


Muitos líderes, mesmo anunciando que as portas estão abertas, não sabem ouvir e os subordinados em contrapartida deixam de expor seus sentimentos por medo do que poderá acontecer ou por receio de serem totalmente ignorados. "Meu chefe adora ouvir nossa opinião; ele costuma sempre dizer. Nas nossas reuniões nossos funcionários entram com suas ideias e saem com as minhas". Em resumo, ele não ouviu nada.


Por que nos tornamos tão maus ouvintes? A grande falha ocorreu no sistema escolar, dando muita ênfase a ensinar, a ler e a escrever. O treinamento para ouvir vinha por forma de advertência: "prestem atenção", "ouçam", "abram os ouvidos". Ingressamos no mercado de trabalho lendo, escrevendo bem, sendo que a necessidade do mercado por bons ouvintes é três vezes maior.


Então o que podemos fazer para nos tornar bons ouvintes?
- Esteja atento e demonstre isso. Mantenha um bom contato visual, acenando com a cabeça.
- Preste atenção não só ao que é dito, mas também como é dito.
- Interprete o que as mensagens não verbais querem dizer.
- Não adianta só ouvir, mas entenda o que está sendo dito.
- Faça um resumo do que você ouviu, para checar se você entendeu a mensagem corretamente.


Na prática, aprender a ouvir requer paciência, disciplina e autocontrole, o que não é fácil. Mas sabemos que a única maneira de mantermos pessoas ao nosso lado é ouvindo o que elas têm a dizer.


Referência http://www.rh.com.br/Portal/Comunicacao/Artigo/6271/ouvir-e-a-maior-virtude-das-relacoes-humanas.html